Herpes é mais comum do que você imagina!
Herpes é mais comum do que você imagina! Transmitido pelo contato direto das lesões com a pele ou a mucosa de uma pessoa não infectada, o vírus Herpes simplex (HSV) pode permanecer no organismo, provocando recidivas em períodos de baixa imunidade. Trata-se de um vírus que acomete cerca de 90% da população mundial, manifestando-se em apenas 10% a 15% dos casos. É muito comum, portanto, que o primeiro contato com esse vírus ocorra ainda na infância, causando lesões dolorosas na boca. Semelhantes a aftas, essas lesões podem ser sintomas da chamada estomatite herpética. O vírus se instala nas terminações nervosas e permanece inativo até o momento em que há o enfraquecimento das defesas do indivíduo, como em situações de estresse, exposição solar excessiva ou no caso de outras doenças. O Herpes simplex sai do gânglio e alcança novamente a camada mais superficial da pele, fazendo com que pequenas bolhas agrupadas e cheias de líquido se formem. Nem pense em estourá-las: a dor só se intensificará e o processo de cicatrização será mais demorado. Antes do aparecimento das feridas, o indivíduo pode sentir ardência, coceira e formigamento ao redor dos lábios ou na parte interna da boca. Quando a imunidade é restabelecida – normalmente de cinco a 12 dias depois -, os sintomas regridem. Entretanto, o vírus continua latente no organismo. Pesquisas revelam que alterações emocionais, como o estresse, estão diretamente ligadas ao aparecimento das lesões de herpes. Por isso, o equilíbrio das tensões diárias não deve ser colocado em segundo plano. Uma dúvida frequente está relacionada à possibilidade de transmissão sexual da doença. Embora os vírus do herpes provoquem lesões semelhantes na pele e façam parte da mesma família, não são iguais! O herpes tipo 1 é responsável pela infecção labial e o do tipo 2, pelo herpes genital. Na gravidez, o bebê pode adquirir o vírus na vida intrauterina, mas, na maioria dos casos, isso ocorre durante o parto normal. Desse modo, se a infecção não for tratada nos primeiros 28 dias de vida pode trazer consequências graves, estando associada a 60% de mortalidade. Como o vírus do herpes é extremamente contagioso, devemos tomar algumas precauções. Para evitar as dolorosas feridas labiais, esquivar-nos do compartilhamento de copos, talheres e itens de maquiagem é fundamental. O cuidado com a exposição excessiva aos raios solares também é muito importante, uma vez que fragilizam nossas defesas e ressecam os lábios. Mas você sabia que a nossa alimentação também influencia diretamente na prevenção desses sintomas? Nozes, amêndoas, chocolate e uvas contêm arginina, substância capaz de ativar a reprodução dos vírus que já estão presentes no nosso organismo. Além disso, suplementos à base desse aminoácido – muito comuns em academias – podem não ser uma boa escolha para pessoas suscetíveis. Outros estudos indicam que a ingestão de alimentos contendo lisina, aminoácido que inibe a ação da arginina, serve como medida preventiva na reincidência do herpes e acelera o processo de cicatrização. A lisina pode ser encontrada na soja, em verduras e no queijo. Em geral, a simples observação das características físicas da infecção é suficiente para chegar ao diagnóstico. Ainda sem cura, o herpes labial pode ser tratado com antivirais e algumas pomadas que aliviam os sintomas e impedem que os vírus se repliquem. FONTE: https://saude.abril.com.br/medicina/herpes-tratamentos-sintomas-e-o-que-e-essa-doenca/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/herpes-simples/