As taxas de sucesso da técnica all on four​

As taxas de sucesso da técnica all on four​

Por muitos anos a odontologia ficou refém de técnicas mais invasivas em seus tratamentos. Os dentistas não tinham conhecimentos sobre as diversas possibilidades parar tratar um dente e os pacientes tinham menos conhecimentos ainda sobre os cuidados necessários com a saúde bucal. Por isso, grande parte dessas pessoas perdiam os dentes com pouca idade e eram reabilitados conforme o que podiam pagar e o serviço que estava disponível ou, muitas vezes, ficavam edêntulos.

O avanço tecnológico possibilitou que novos estudos fossem realizados, trazendo sempre mais eficiência aos procedimentos e se importando mais com o conforto dos pacientes. Hoje em dia os tratamentos se aperfeiçoaram e agora são apresentados em mais de uma opção. 

Esse é o caso das reabilitações orais, que apresentam técnicas cada vez mais eficientes, com maior adaptação e atendendo às propriedades biomecânicas. Afinal, não é só colocar uma prótese na boca do paciente. Isso requer um estudo de caso para saber onde as forças podem ser dissipadas nos arcos dentários. Cada paciente edêntulo que busca reabilitar as funções e a estética perdidas de um dente, apresenta uma quantidade de osso remanescente disponível.

Por isso, quando vamos indicar um tratamento para nosso paciente, é evidente que nós precisamos ter conhecimento sobre o tema e competência para saber quando e porque ele será a melhor escolha. É necessário, ainda, conhecer muito bem a técnica que será realizada e estar ciente sobre as taxas de sucesso do procedimento, se são favoráveis e se apresentam um bom prognóstico e boa longevidade clínica.

O que é a técnica all on four?

Se essa é a primeira vez que você lê a respeito dessa técnica, saiba que basicamente o conceito de all on four se baseia na instalação estratégica de quatro implantes posicionados anteriormente em um arco dentário edêntulo, servindo de base para próteses totais fixas. Isso evita que seja necessário recorrer às cirurgias de enxerto ósseo, nos casos de maxilas com pouca quantidade e qualidade óssea.

Mais especificamente, os dois implantes mais anteriores (que abrangem a região de incisivos centrais e laterais e os caninos) são instalados de forma paralela e os dois mais posteriores são fixados em uma angulação aproximada de 45º. Todo esse processo tem como propósito possibilitar o suporte de até doze dentes, aumentando assim a eficiência durante a mastigação.

Qual a taxa de sucesso dessa técnica?

Alguns estudos realizados com o objetivo de analisar a eficiência do tratamento baseado no all on four mostraram valores de sucesso em torno de 98% para maxilas e 98,1% para mandíbulas, em um período de cinco a dez anos, sendo avaliados fatores como complicações biológicas e mecânicas. Além disso, outros estudos demonstram ainda que a taxa de sucesso em mandíbulas edêntulas são maiores do que em maxilas. 

Outro aspecto estudado foi o da perda óssea marginal ao longo dos anos, que se demonstrou baixa e com pouca alteração em intervalos de tempo, mostrando que a técnica ainda é eficaz e que essa perda de osso não é significativa a ponto de prejudicar o paciente ou condenar a seguridade do procedimento.

Para a obtenção de tais resultados e, ainda, para aplicação correta dessa técnica, existem alguns pré-requisitos que precisam ser preenchidos e analisados antes da colocação dos implantes, como: altura óssea de no mínimo 10mm em região anterior, mais uma espessura mínima de 5mm. 

Existem relatos de que pacientes com níveis severos de bruxismo podem apresentar fraturas da prótese. Nós sabemos que essa é uma condição extremamente prejudicial e que precisa ser analisada antes da realização de qualquer tipo de procedimento. Por isso o estudo de caso, com uma anamnese bem feita, é fundamental para garantir o sucesso de um tratamento.

Quais as vantagens?

A disponibilidade e a qualidade do osso que vai receber uma prótese ou a instalação de implantes sempre foi um desafio para muitos cirurgiões-dentistas. Por isso a existência de uma técnica que possa contornar as dificuldades e possibilitar a reabilitação dos pacientes é muito abraçada e efetuada nos tempos atuais.

Entre as principais vantagens analisadas, destacamos a redução no tempo de tratamento, já que após a colocação dos implantes é feita a instalação imediata da prótese (provisória ou definitiva), a falta de necessidade em realizar enxertos ósseos devido a um maior aproveitamento das bases ósseas, bom prognóstico e boa longevidade clínica.

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