Dicas e recomendações para os atendimentos clínicos

Dicas e recomendações para os atendimentos clínicos

Dicas e recomendações para os atendimentos clínicos Pensando no bem-estar de todos os nossos alunos e equipe, compartilhamos informações importantes de biossegurança para o atendimento clínico de pacientes durante esse período de pandemia e incertezas quanto ao coronavírus. – Uso de máscara Estudos revelam que profissionais de saúde que fazem uso de máscaras tem um risco drasticamente diminuído para o contágio. O ideal é a máscara tipo N-95, pois esse tipo de máscara faz um confinamento de ar pela forte vedação. Entretanto, há relatos de diminuição do desempenho mental após longo período de uso, portanto, é sugerido que se trabalhe em jornadas de no máximo 8 horas. Ela é a ideal para quem lida com o aerossol, como os dentistas, pois ela barra 95% da entrada de microrganismos. Para efeito de comparação, a máscara cirúrgica barra 75%. Mas cuidado, pois em contato com umidade, ela perde a sua eficácia. Assim, é recomendado o uso do protetor fácil. Para evitar irritação no rosto devido ao contato prolongado da máscara na pele, pode-se usar creme hidratante na região. Na falta de máscara N-95, pode-se usar duas máscaras cirúrgicas, juntamente com o protetor facial. – Máscaras caseiras/de pano Para que o uso da máscara caseira não se torne uma falsa proteção e/ou uma fonte potencial de contaminação, algumas orientações devem ser seguidas, entre elas: Adquirir ou confeccionar máscaras de pano, em camada dupla, utilizando os tecidos recomendados, em ordem decrescente de capacidade de filtragem de partículas virais: tricoline, cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%) e tecido de algodão (100% algodão). Jamais compartilhe as máscaras, elas são de uso individual e cada um deve ter a sua. Lave a máscara de pano antes do primeiro uso e com frequência após cada uso. Cuidados durante a lavagem: imergir em solução de hipoclorito (na concentração de 0,04% – solução de 10ml de água sanitária + 490ml de água) por 30 minutos. Enxaguar a máscara e lavar com água e sabão. Permitir secagem completa (preferencialmente ao sol). Passar com ferro e guardar em sacos plásticos limpos, embaladas individualmente. A máscara deve ser substituída por outra limpa e seca a cada duas horas, ou assim que se tornar suja ou úmida. Após o uso, ela deve ser guardada em embalagem hermeticamente fechada até que seja possível submeter ao processo de lavagem. – Triagem dos pacientes para atendimento. Antes de qualquer atendimento, os pacientes devem ser questionados sobre os sinais de sintomas nos últimos 14 dias. As perguntas que devem ser feitas são as seguintes: Você teve sintomas de gripe? Você teve contato ou vive na mesma casa com pessoas que tiveram sintomas de gripe, ou tiveram o teste positivo para a covid-19? Apresentou diarreia, fadiga intensa ou dores no corpo? Além disso, é importante saber sobre as doenças pré-existentes do paciente, dentre elas: doenças do coração, diabetes, doença autoimune ou pulmonar. Caso a resposta para qualquer uma dessas perguntas seja positiva, o atendimento deverá ser reagendado para uma data posterior. – Protocolo para o atendimento do paciente Os pacientes são orientados a evitar trazer acompanhantes. As marcações de consultas devem ser espaçadas para evitar aglomerações. Ao receber o paciente, o profissional já deve estar completamente paramentado. A equipe deve fazer a aferição da temperatura por métodos sem toque. Acima de 37,5ºC, o paciente não será atendido. Após essa triagem, o paciente é levado ao lavabo para desinfecção das mãos e do rosto com água e sabão, além do uso do álcool gel nas mãos. Caso haja acompanhante, o mesmo protocolo deverá ser adotado, além do uso de máscaras. Os pacientes devem ser paramentados na sala de atendimento com gorro, óculos e babador descartável, além de bochecho de peróxido de hidrogênio 1%. Além disso, sempre que possível, deverá ser usado isolamento absoluto, sucção de alta potência e o procedimento ser realizado a quatro mãos. – Protocolo para a lavagem das mãos 1- Lavar as mãos ao receber os pacientes; 2- Calçar as luvas e realizar o atendimento; 3- Remover as luvas; 4- Lavar as mãos para fazer a prescrição; 5- Lavar as mãos após a prescrição; 6- Se realizar a desinfeção do consultório, lave novamente as mãos. – Outros cuidados que devem ser tomados Os motores deverão ser autoclavados e não somente desinfetados a cada paciente. No reservatório de água do motor, deverá ser diluído 5ml de clorexidina 2% para cada litro de água. Já o chão deve ser desinfetado a cada paciente, com hipoclorito de sódio 1%, por exemplo.